Com a intenção de estimular a população na prevenção e no diagnóstico ao câncer da pele, em 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu iniciou ao movimento de combate ao câncer da pele batizado “Dezembro Laranja”.
Conscientização com o objetivo de prevenir o câncer de pele, que é o tumor de maior incidência no Brasil.
O câncer de pele é uma doença que acontece por conta do desenvolvimento anormal das células da pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer, afirma a SBD. Pode ser curado, principalmente se descoberto logo no início.
O câncer de pele não causa sintomas sistêmicos, a menos que seja um tumor com grau avançado, ou um melanoma metastático com acometimento de outros órgãos, então, a suspeita inicial se dá auto- avaliação, pela presença de lesões na pele, como pintas, manchas ou feridas. No caso de um melanoma, por exemplo, há uma regra adotada internacionalmente que pode ajudar a identificar sinais de alerta, é a regra ABCDE:
A (Assimetria): quando a lesão não tem um formato regular, sendo uma metade diferente da outra;
B (Bordas irregulares): contorno mal definido;
C (Cor variável): presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul) ou escurecimento de uma mancha pré-existente;
D (Diâmetro): crescimento superior a 6 milímetros;
E (Evolução): quando a mancha apresenta alterações em suas características: tamanho , forma ou cor.
Na maioria das vezes, essas alterações não são causadas pelo câncer, as manchas de sol, por exemplo, podem evoluir dessa forma. Porém é muito importante que lesões que apresentem esses sinais sejam investigadas por um médico especialista. Em algumas situações, é necessário o exame que permite visualizar algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Alguns casos exigem um exame invasivo, que é a biópsia.
A exposição solar excessiva, sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento de câncer de pele. Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família estão mais propensos a desenvolver a doença.
O bronzeamento artificial também oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de pele, mais do que a exposição aos raios solares. Isso ocorre porque elas emitem altos níveis de UVA, a radiação ultravioleta, de maior risco para o câncer de pele. Porém, desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as câmaras de bronzeamento foram proibidas no Brasil, único país a ter essa iniciativa e por isso referência no combate ao câncer de pele.
Os cânceres de pele podem ser divididos em melanoma e não melanoma, e os mais freqüentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, menos agressivos, mas que podem causar lesões funcionais e estéticas.
O carcinoma basocelular, mais freqüente na população brasileira, costuma apresentar áreas com protuberância, com borda mais elevada e cor mais avermelhada, com pequenos vasos de sangue. Já o carcinoma espinocelular, segundo mais freqüente, porém, mais agressivo que o basocelular, tem como característica sinais com aparência endurecida, uma úlcera que lembra um machucado, que não cicatriza. O cirurgião oncológico, especializado em câncer de pele, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Eduardo Bertolli, informa que as regiões mais comuns para o aparecimento dos dois tipos de carcinoma são as áreas mais expostas ao sol, como rosto, cabeça, pescoço, nariz, lábios e dorso das mãos. De acordo com o médico, o tratamento destes dois tipos de câncer de pele é cirúrgico, na maioria das vezes.
Já o melanoma cutâneo, que tem incidência mais baixa do que os carcinomas, mas de maior gravidade, ainda esse ano, pode chegar a registrar 3 mil casos em homens e 2.670 mil casos em mulheres. O melanoma cutâneo normalmente acomete os mais jovens, entre 30 a 40 anos, surgindo por meio de uma pinta ou um sinal em tons acastanhados, que com o tempo altera de cor e tamanho, podendo até sangrar. Em um estágio mais grave, o tumor pode gerar metástase nos órgãos e gânglios. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura dos melanomas é alta, podendo chegar a mais de 90%.
Procurar evitar a exposição excessiva à radiação solar, composta pelos raios UVB (responsável pela queimadura avermelhada da pele) e UVA (ultravioleta), principalmente entre 10h e 16h, é uma das recomendações. A radiação UVA penetra profundamente na pele e é a principal responsável pelo câncer da pele. Sua intensidade varia pouco ao longo do dia, sendo intensa não somente em dias de sol, mas também com o céu nublado, por isso é fundamental utilizar protetor solar diariamente. Quem tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas imagens podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. O melanoma, por exemplo, possui uma alteração celular com muito pigmento, assim como as tatuagens, dificultando a análise da estrutura celular durante os exames patológicos.
Adotar medidas simples de proteção como o uso de filtro solar, boné, chapéu, além do cuidado com o excesso de exposição solar, não excluí a importância do acompanhamento anual e periódico com um dermatologista. A consulta com um dermatologista é essencial para o monitoramento de manchas, pintas e sinais que podem identificar o câncer de pele. Existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha não consegue visualizar.
A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas, dependendo do estágio da doença. Quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos), o melanoma é tratado com novos medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso.
Fontes: Ministério da Saúde. Saúde de A a Z, Hospital Oswaldo Cruz, Wikipédia,sallve.com.br
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