Março Lilás – Campanha da conscientização e prevenção do câncer do colo do útero
O mês de março, além de trazer o Dia Internacional da Mulher para conscientizar a população feminina sobre seus direitos, com essa campanha visa levar informação e estimular a prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.
Considerada a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina. O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum entre homens e mulheres no país.
A escolha da cor lilás é atribuída ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, no qual as mulheres lutaram pelo direito ao voto, conhecido como Movimento Sufragista.
Os fatores de risco do câncer de colo de útero envolvem o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, tabagismo, histórico familiar, início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
O câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, sem causar sintomas em estágio inicial. Contudo, em casos mais avançados o tumor pode causar:
A transmissão do vírus HPV, responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, é decorrente de relações sexuais e a medida preventiva mais recomendada para evitar esse tipo de vírus (além de outras doenças sexualmente transmissíveis) é o uso da camisinha.
O principal meio de prevenção contra o câncer de colo de útero é o exame Papanicolau, pois ele detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples.
O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que têm/tiveram uma vida sexual ativa, realizem o exame preventivo a cada três anos, caso os resultados sejam normais. Agora, se houver a presença do tumor, será necessário repetir o exame em um período mais próximo e exames complementares, como a colposcopia, raspagem endocervical e biópsias.
A vacina é o melhor método de prevenção. Ela é segura e eficaz. Quanto mais cedo for a vacinação, maior a chance de se evitar o aparecimento do tumor. Essa diminuição do risco chega a ser de 90% quando as crianças são vacinadas. Além disso, a vacina também atinge outros cânceres relacionados ao HPV, como os tumores da vulva, canal anal, garganta e pênis.
A vacinação contra o HPV protege contra os subtipos: 6, 11 (causadores de verrugas genitais) e 16 e 18 (responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em mulheres).
É garantida pelo Ministério a vacina tetravalente contra HPV para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. Mesmo vacinadas, mulheres a partir dos 25 anos deverão realizar periodicamente o exame preventivo, visto que a vacina não protege o organismo contra os subtipos cancerígenos do HPV.
Quais os tratamentos para câncer de colo de útero?
Entre os tratamentos mais recomendados está a cirurgia, a radioterapia ou, em condições mais graves, a quimioterapia. Cada caso deve ser avaliado e acompanhado por um médico para receber o tratamento adequado de acordo com o tamanho do tumor, seu estágio e fatores como a idade.
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Médico Responsável Técnico: Dr. Juliano Borges Barra - CRM 97558